quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sarau Modernista

Equipe 1
Carlos Drummond de Andrade - Amor e Política social

Morte do Leiteiro –
temática social
Neste poema há um narrador onisciente, personagens em conflito (o leiteiro e o burguês), ambiente, enredo, levando-nos a classificá-la como uma narrativa em versos. O autor chama atenção para o cotidiano da vida urbana que envolve as pessoas em um clima de violência e medo. Temos um rapaz que trabalha, fornecendo leite, alimento indispensável à saúde, e um proprietário de má índole que tudo faz para salvar a sua propriedade. Ele não pensa nos empregados, quer resolver apenas o seu lado. Salvar os seus bens. E o tiro, que era para um possível bandido acerta um inocente. Ficam na noite o leiteiro estendido e a garrafa de leite quebrada. Trabalhando com metáforas, Drummond fala da noite que representa o medo e um tempo de incompreensão e do dia, quando as esperanças se renovam. Apesar de saber sobre cada personagem, participar das suas ações e emoções (narrador onisciente), o autor se identifica muito com o leiteiro. Drummond nos sensibiliza ao falar com segurança das pessoas simples e das coisas simples que o rodeiam no dia-a-dia. Preocupa-se com os problemas do mundo e com o ser humano brasileiro. Talvez, por isso, a grande intimidade do autor com o leiteiro. Apesar da noite cruel para o leiteiro, uma aurora surge, trazendo renovadas esperanças. Vida ingrata, mas que desponta a cada amanhecer, segundo o poeta.

Temática do amor em Drummond
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Percebemos que este poema é tipicamente modernista, pois é composto como um Poema-piada, em versos livres, e carregado de anti-lirismo, de ironia seca e amarga. É impressionante como o poeta retrata de forma tão atual sobre os desconcertos do amor e sobre a cadeia de desencontros e a permanente falta de correspondência das relações amorosas, mas com humor e um tom crítico, que se acentua na figura de Lili, a que não amava e que se casa... é a única do grupo que ironicamente encontrou um par. Como se o casamento nada tivesse a ver com as histórias de amor .
Amar[Claro enigma]


Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
Sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar trás a praia
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amar sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma eterna ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.


O poema funde o lírico da temática amorosa e o episódio da reflexão coletiva, universal, sobre a necessidade de amar. Percebe-se ainda no poema uma teia de indagações e de respostas a partir um tom filosófico e tenso em torno da necessidade de amar através de um recorrente dualismo: “construção-destruição”. “ganho-perda”, “instante-eternidade”. O amor é visto, portanto como algo que se esvai ao longo do tempo, estando por assim dizer estreitamente ligado a dor, ao frio, a secura, frustração, a angústia, a impotência. Dessa forma, conclui-se que tudo isso é reflexo da ausência deste amor que o ser humano sente, sugerindo então o poeta, amar mesmo assim na ausência deste amor, a falta dele que acaba por se corporificar na sua dor, que nada mais é que o seu vazio.
Nas 5 estrofes do poema há uma linguagem em que o poeta funde o português coloquial - amar e malamar (neologismo) e o culto - e amar o inóspito, há também a presença marcante da linguagem figurada representada em especial pela metáfora.
Alunos:Cristina,Andréia,Aniran,Júlia

3 comentários:

  1. Prof,a senhora demorou de postat hein?!!!Nós perdoa...Ficou massa,o trabalho foi produtivo com certeza Drummond será inesquecível p/ o nosso grupo,aprendemos muito apesar dos micos das apresentaçoes e das broncas se tivessemos mais tempo teria saido melhor.Blz,valeu mesmo

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  2. E ai professora,tudo bem?Tô me sentindo importante viu,é muito bom vê o q a gente fez no nosso mundo p/ o mundo,saber q estamos tendo aulas legais diferentes,uma forma divertida de aprender e mostrar nossas habilidades,ficou devendo a gincana,mas tudo bem.Parabéns.

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